Valhascos é considerada a freguesia mais jovem do concelho de Sardoal, sendo que possuí uma autonomia administrativa desde do ano de 1949.
A povoação de Valhascos foi elevada à categoria de freguesia civil a 15 de setembro de 1949 por várias razões como por exemplo o número de habitantes na época já ser superior a 1300, a representatividade que os chefes de família eleitores demonstram ter e por fim o facto de possuir uma paróquia religiosa, igreja, cemitérios e escolas próprias.
No entanto, desde 24 de fevereiro de 1938 que já era considerada uma freguesia religiosa segundo o Bispo D.Domingos Maria Frutuoso, que exercia o cargo em Guimarães, o que acabou por influenciar a decisão do governo e do Município de Setúbal alguns anos depois.
A Igreja Paroquial começou a ser construída a 21 de abril de 1902, e foi inaugurada dois anos depois no dia 18 de outubro. Atualmente existem ainda ruínas da ermida de Nossa Senhora da Graça, abordada na obra #Santuário Mariano", que se situa a "três quilómetros a Este da Vila de Sardoal na aldeia dos Valhascos”. Ao lado da igreja ficava o antigo cemitério, que se consta que um dia à superfície da terra se encontrou um esqueleto de um oficial romano, a sua espada e os seus galões. Diz-se também que ainda hoje são nítidos restos de uma antiga calçada romana.
Além disso, existe ainda outra capela dedicada à imagem de S.Bartolomeu que se pensa ser do século XVI.
A primeira referência que se conhece de Valhascos no ano de 1532 encontra-se na Carta de Demarcação do Termo do Concelho de Sardoal, datada em Lisboa, em 10 de agosto, por lavra de D. João III, que refere a “(...) vintena de Valhascos, será aldeia com seus rossios (...) e daí a um arrife de pedras que estão no cimo do sobral, onde está uma pedra alevantada nadível de seis palmos em alto sobre a terra e daí por baixo das oliveiras da Murteira, direito à fonte dos Valhascos e fica a fonte dentro da demarcação e daí vai direito ao rossio da aldeia a uma oliveira que tem três penedas nadíveis ao pé e daí por um arrife de pedras ao redor da casa dos herdeiros de Fernão Afonso”.
Hoje em dia a freguesia é reconhecida pela qualidade das hortaliças, entre elas a famosa couve de Valhascos, o seu azeite, as suas frutas e cereais e ainda devido á grande riqueza nos solos se cultivo.
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